Os planos de saúde são uma das principais formas de garantir acesso rápido e de qualidade a serviços médicos. Mas um tema que gera muitas dúvidas é o reajuste dos planos individuais e por adesão. Afinal, como funcionam esses aumentos? Quais são as regras? E por que eles acontecem?
Neste artigo, vamos esclarecer como funcionam os reajustes nesses dois tipos de contrato e o que o consumidor deve observar.
Por que os planos de saúde sofrem reajustes?
Os reajustes acontecem porque os custos de saúde variam todos os anos. Entre os principais motivos estão:
Inflação médica: aumento nos valores de consultas, exames, medicamentos e procedimentos;
Maior utilização: quando os beneficiários usam mais o plano, os custos sobem;
Novas tecnologias: equipamentos e tratamentos mais modernos;
Perfil da carteira: o envelhecimento dos segurados gera maior demanda por atendimentos.
Esses fatores tornam necessário o ajuste anual nos valores cobrados, mas as regras mudam de acordo com o tipo de plano contratado.
Reajuste dos planos individuais e familiares
Nos planos individuais ou familiares, o reajuste é controlado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Todos os anos, a ANS define um índice máximo de reajuste que pode ser aplicado pelas operadoras;
Esse percentual é válido para contratos assinados após 1999;
A regra dá mais previsibilidade ao consumidor, evitando aumentos abusivos.
Exemplo: se a ANS definir que o reajuste máximo é de 6%, a operadora não poderá aplicar um valor superior a esse percentual no seu plano.
Reajuste dos planos coletivos por adesão
Nos planos coletivos por adesão (contratados por sindicatos, associações ou entidades de classe), a situação é diferente.
O reajuste não é definido pela ANS;
O índice é calculado pela sinistralidade do grupo (relação entre custos médicos e o valor arrecadado nas mensalidades);
Cada contrato pode ter percentuais distintos, de acordo com a utilização dos beneficiários.
Ou seja: em alguns anos, o aumento pode ser menor que o aplicado nos planos individuais, mas também pode ser maior.
Como lidar com os reajustes?
Fique atento ao percentual divulgado pela ANS a cada ano;
Compare os aumentos do seu contrato com os índices oficiais;
Consulte um corretor especializado para entender suas opções.
Conclusão
Os reajustes dos planos individuais e por adesão fazem parte da realidade da saúde suplementar. A principal diferença está no controle: enquanto os planos individuais têm um teto definido pela ANS, os planos por adesão são reajustados com base na utilização do grupo, o que pode gerar variações maiores.
Saber como cada modalidade funciona é essencial para tomar decisões conscientes e manter o equilíbrio financeiro sem abrir mão da proteção para você e sua família.